A
prendo com abelhas do que com aeroplanos.
É
um olhar para baixo que eu nasci tendo.
É
um olhar para o ser menor, para o
insignificante
que eu me criei tendo.
O
ser que na sociedade é chutado como uma
barata
— cresce de importância para o meu
olho.
Ainda
não entendi por que herdei esse olhar
para
baixo.
Sempre
imagino que venha de ancestralidades
machucadas.
Fui
criado no mato e aprendi a gostar das
coisinhas
do chão —
Antes
que das coisas celestiais.
Pessoas
pertencidas de abandono me comovem:
tanto
quanto as soberbas coisas ínfimas.
Manoel
de Barros
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