sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A crise do mundo: falta de amor

Sou otimista com relação ao homem. Não penso em Hitler sem me lembrar também de Mozart. Acho que o homem é um animal agressivo, não há dúvida, mas a diferença entre ele e o lobo é que a criatura humana pensa, é ao mesmo tempo sujeito e objeto, tem a capacidade de ver o seu lado negativo e deplorá-lo. Não ignora que tem um futuro. Tem também a consciência de sua finitude. É – salvo as aberrações – capaz de compaixão, de contrição e de amor. E a crise do mundo moderno não será principalmente a falta de amor?”

Érico Veríssimo, in Incidente em Antares

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