sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A batalha

Perdi o medo de mim. Adeus.
Vou às paisagens do frio atrás do Jonathan.
Deve ser assim que se vive,
na embriagues deste voo
no rumo certo da morte.
Amo Jonathan.
Eis aí o monocórdico, diarréico assunto.
Ele quer te ver’, alguém me disse no sonho.
E desencadearam-se as formas onde Deus se homizia.
Pode-se adorar tufos de grama, areia,
não se descobre donde vem os oboés.
Jonathan quer me ver.
Pois que veja.
O diabo uiva algemado nas profundezas do inferno,
enquanto eu
tiro o corpo da roupa.
Adélia Prado

Nenhum comentário:

Postar um comentário