domingo, 28 de janeiro de 2018

Ato de bravura

O tempo escapa e eu não esqueço o dia
Que em minha casa não havia ceia…
Lancheira seca, mesmo assim eu ia
À velha escola, quase doze e meia…

Chutando as pedras que na estrada havia,
Chegava lá com minha cara feia…
Bolsa de lápis quase que vazia,
Mas das pedrinhas que eu juntava… cheia!

Nas quintas-feiras, o Hino Nacional…
Canção do dia… E o dia principal,
Em que esquecendo a vil miséria e a fome,

Foi num momento puro e de inocência
Que eu por instinto de sobrevivência,
Tremendo as letras escrevi meu nome.
Manoel Cavalcante, poeta pauferrense

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