Ilustração: Martha Barros
O
menino ia no mato
E
a onça comeu ele.
Depois
o caminhão passou por dentro do corpo do menino
E
ele foi contar para a mãe.
A
mãe disse: Mas se a onça comeu você, como é
que
o caminhão passou por dentro do seu corpo?
É
que o caminhão só passou renteando meu corpo
E
eu desviei depressa.
Olha,
mãe, eu só queria inventar uma poesia.
Eu
não preciso de fazer razão.
Manoel
de Barros
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