Conclusões
são chaves que fecham (do latim con e claudere,
fechar). Palavras não conclusivas, que deixam abertas as portas das
gaiolas para que os pássaros voem de novo. Cada conclusão faz parar
o pensamento. Como nos livros de Agatha Christie: resolvido o crime,
nada sobra em que pensar. E não adianta ler o livro de novo. Quando
o pensamento aparece assassinado, pode-se ter a certeza de que o
criminoso foi uma conclusão...
Rubem
Alves, in Do universo à jabuticaba
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