Algumas
coisas estão correndo para a existência e outras se retirando dela
apressadamente. Parte do que está surgindo já se extinguiu. O
movimento e a mudança continuamente renovam o mundo, enquanto o
ininterrupto curso do tempo renova as eras. Neste fluxo, no qual nada
permanece, quais coisas o homem deveria precificar mais alto?
É
como se apaixonar por pardais que voam e somem de vista. É como a
própria vida de cada homem, a exalação do sangue e o respiro do
ar. Inspiramos e expiramos a todo instante, e o mesmo ocorre com a
capacidade de respiração: nós a adquirimos ao nascer ontem e
anteontem e a devolvemos ao elemento de onde a aspiramos
inicialmente.
Marco Aurélio, in Meditações
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