Único
homem acordado nesta noite, o apartamento
apertado
parece imenso; vagueio desacordado de tudo
e
sobretudo em desacordo comigo, único homem
acordado
no mundo; o teatro estreito assim vazio
parece
largo, perambulo absoluto, príncipe estragado;
não
dormir é meu palácio; a Dinamarca, diminuta,
parece
dilatar-se enquanto palmilho o ar do quarto.
Vem
o dia, e o fantasma de meu pai não me aparece.
Eucanaã Ferraz, em Sentimental
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