Há
espíritos simplistas, que acham que tem de haver uma explicação
para tudo.
E
que, explicada a coisa, foi-se o mistério!
Principalmente
esses que insistem em desmontar os poemas, como se quisessem
desmascarar o poeta.
Eles
me fazem lembrar aquelas pessoas “espertas” de certa cidadezinha
do interior, as quais, indo assistir à função de um mágico,
puseram-se a bradar no meio do espetáculo:
“Isso
é truque! Não pega! É truque! É truque!”
Mas,
para alívio das almas compassivas, acrescento que o pobre mágico
sempre conseguiu escapar com vida por trás dos bastidores.
Mário Quintana, em Caderno H
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