Eu
queria ser banhado por um rio como
um
sítio é.
Como
as árvores são.
Como
as pedras são.
Eu
fosse inventado de ter uma garça e outros
pássaros
em minhas árvores.
Eu
fosse inventado como as pedrinhas e as rãs
em
minhas areias.
Eu
escorresse desembestado sobre as grotas
e
pelos cerrados como os rios.
Sem
conhecer nem os rumos como os
andarilhos.
Livre,
livre é quem não tem rumo.
Manoel de Barros, em Menino do mato
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