Vendo
esse retrato me sinto só. Aposto que, se eu dissesse isso aos meus
amigos aqui, morreriam de rir. E o que parece o chefe encontraria
argumentos para me provar que solidão está fora de lugar. Não são
tempos para ela. Diria: estamos todos sozinhos, ninguém reclama. Só
o senhor.
Pode
ser, mas não tenho nada a ver com os outros. A minha solidão pesa.
Pense em outras coisas, veja a situação à sua volta, veja que não
é possível ter mais sentimentos subjetivos. Imagino que me diria
isso, parece um homem prático, concreto em suas propostas. Bem, pura
cogitação.
Entendo
por que ele deseja eliminar as lembranças. Alguma coisa ficou para
trás, irrecuperável, e essa privação dói dentro dele. Para
eliminar o sofrimento, elimina-se a memória. Uma cirurgia
aparentemente simples, única solução. Só que eu não consigo,
tudo é vivo dentro de mim. Agitado.
Adelaide
está em alguma parte. Escondida no seu próprio medo. Cada dia que
passava, ela se assustava mais. Uma vez chegou a me pedir que não
fosse trabalhar, que não me separasse dela. Não sabia explicar por
quê, assim que eu fechava a porta, de manhã, ela entrava em pânico.
Custava
muito a se recompor. Fechava as portas e janelas, passava trancas.
Não era apenas pelo calor. As pessoas em volta dela eram
completamente estranhas, desconhecidas. “Vou ao supermercado e não
vejo um só rosto familiar, onde estão os nossos vizinhos, amigos,
parentes?”
Durante
certo tempo comentamos a multidão que crescia, dia a dia, na cidade.
Comentávamos tranquilamente, sem medo, sem atinar com o que estava
se passando. Era uma constatação dos dias que corriam. Não me
preocupava de onde tais pessoas vinham, ou porque estavam vindo. Ou
quem eram.
As
ruas iam se enchendo, cada vez mais intransitáveis. Vieram os
primeiros grandes problemas de circulação. E, de repente, os meus
rostos, aqueles que eu via diariamente, quase que às mesmas horas,
em situações idênticas, passaram a desaparecer. Como se esvaíssem
em plena neblina.
Névoa,
penumbra, eram sensações que me tomavam quando encarava a multidão,
compacta, fechada, mais fechada. Andávamos ombro a ombro, rosto a
rosto, e ninguém se encarava. Olhavam para os lados ou para o chão.
E, então, apareceram os mutilados, os carecas. Os deficientes, os de
olhos pendurados.
Poucos,
a princípio. Depois engrossaram fileiras. A polícia apanhava,
levava. No entanto pareciam se multiplicar. Quando criança, li uma
história, havia uns bichinhos, uns tais shmoos, que adoravam os
homens. Morriam ao ser acariciados, mas se reproduziam de segundo em
segundo.
Pois
isso me lembrou os cegos, os carecas, os mutilados, os pele-brancas
escamosos que tomaram a cidade. Os Civiltares fizeram o que puderam,
até instalaram as barreiras eletrônicas que nos separam hoje dos
Acampamentos Paupérrimos. Tais coisas eu não podia contar a
Adelaide.
Ou
aumentaria o seu pavor. Que era instintivo. Porque ela não via nada.
Saía pouco. E o bairro ainda não tinha sido tomado. Tais climas se
espalham, como fluidos, dominam a atmosfera. Tocam as pessoas, se
instalam nelas, como a umidade, o frio, o calor. Dominam,
simplesmente.
Agora
sei. Nossas noites longas e silenciosas eram de aturdimento.
Ficávamos na cama, de mãos dadas, contemplando o teto, ouvindo os
barulhos da rua. Houve época em que eles se arrastavam gemendo,
gritando, insultando, pedindo. Vinham os Civiltares e batiam, pediam,
amarravam.
Não
ousávamos nem mesmo olhar à janela. Não era piedade. Puro medo.
Igual aos vizinhos do prédio da quadra. No dia seguinte,
encontrávamos as manchas de sangue e pus pelo chão. Ou aquele
farelo pardo, parecendo farinha seca e que, sabíamos, era a pela
escamosa dos inválidos.
Tínhamos
nojo, muita gente vomitava em plena rua. Adelaide confessava que não
podia olhar para aquilo. Ninguém dizia nada. Nenhum mexerico,
comentário. Somente o silêncio cúmplice, que nos enchia de culpa.
Porque estávamos protegidos atrás de nossas portas e janelas. Nos
imaginando seguros.
Não
ter com quem dividir essa angústia me deixa mais sozinho. É uma
atitude egoísta, eu sei. E não posso fazer nada, assim me sinto.
Havia antigamente, e nem sei que tempo é esse antigamente, a
possibilidade de divisão. Dor e alegria eram repartidas, porque se
vivia em comunidade.
Estávamos
juntos, podíamos contar uns com os outros, e isso tornava tudo mais
fácil, suportável. Bastava abrir a porta, tocar campainhas, correr
a um portão, tocar um telefone, as pessoas se juntavam, partilhavam.
Adelaide percebeu a perda de tudo isso bem antes de mim.
O
sentimento de solidão era menor, não estávamos encerrados atrás
de quatro paredes, portas trancadas, corredores vazios. Os ruídos
exteriores eram normais, não traziam medo. As pessoas podiam se
olhar cara a cara, enfrentar-se sem receios, a língua seca, o
coração disparado.
Passam
pelas minhas mãos as estatísticas de mortos. Todos os dias, com um
prazer necrófilo, examino as causas. Claro, as estatísticas são
apenas daqueles que contam, os que moram dentro dos Círculos
Oficiais Permitidos. Além das barreiras, é o desconhecido,
propositalmente ignorado.
Morre-se
do coração. Infartos, derrames, todo tipo de complicações
cardiológicas aparece nas causas mortis. Ou seriam mentiras?
Dissimulações. E por que gente com vinte anos, ou menos ainda, tem
o coração estourado? Não dá para acreditar. E de que adianta não
acreditar?
Certa
tarde, nem tínhamos nos casado ainda, mas a casa já estava
comprada. Adelaide e eu saímos. Para olhar vitrines. Era um sábado,
as lojas estavam fechadas, ninguém na rua. Caminhávamos, eu no
canto, Adelaide não gostava de ir pelo lado direito, andava sempre
junto à guia.
Encontramos
o lambe-lambe com a cara tão desanimada que decidimos tirar uma
foto. Abraçados, nos beijando e um close de Adelaide. O homem,
entusiasmado, ajeitou várias vezes o rosto dela, empurrando o queixo
para cima, numa dessas poses de porta de circo ou vitrine de
fotógrafo artístico.
A
foto ficou pronta na hora. O lambe-lambe pediu mais vinte minutos
para colorir. Ele conseguiu o tom castanho dos cabelos e dos olhos,
mas fez a boca vermelha demais. Ficou sendo a nossa foto predileta,
talvez porque naquela tarde estivéssemos muito bem um com o outro.
Em ótimo astral.
Por
muitos anos passamos naquele lugar e encontramos o lambe-lambe ali,
sempre com o mesmo ar desanimado. Era o seu jeito, talvez uma forma
de comover fregueses, ou então uma atitude perante a vida. Nunca
mais tiramos outra fotografia. Aquela nos satisfazia, era exata. Como
gostaríamos de ser, sempre.
Vejo
essa foto agora e percebo como era firme a mão do lambe-lambe e
agudo o seu poder de observação. O olhar doce e sereno de Adelaide
nunca mais foi retratado desse modo. Era ela, delicada e cordial,
porém não passiva. Ao menos não foi passiva nos primeiros anos.
Será
que eu a transformei de tal modo? Ou foram as situações à nossa
volta? Adelaide via o mundo de um modo diferente do meu, gostava de
tranquilidade, de estabilidade, preocupava-se com a segurança. O
mundo tinha valores sólidos que custavam a mudar. Podia-se
aceitá-los, com a segurança de que durariam ao menos uma vida.
E,
quando mudavam, existia toda uma preparação, as pessoas eram
condicionadas, nada explodia subitamente, assustando. Valores
simples, às vezes. Algo assim como as festas populares em que as
pessoas costumavam usar alguma coisa feita de couro novo, ou de pano
azul. Ou queimar palha benta para a chuva acabar.
Costumes
simples, cerimônias, rituais, hábitos, coisas que permaneceram por
séculos, passadas de avô a pai, a filho, a neto, a bisneto. Gestos
familiares, espontâneos, falas, comidas. Permaneciam. Deixavam uma
impressão de solidez, favoreciam a serenidade, eram certeza.
Continuação.
Naquela
mesma tarde compramos um porta-retratos muito simples, de madeira
clara, sem pintura nem verniz. O espaço para a foto era maior, porém
Adelaide colocou um passe-partout branco, agora amarelecido.
Mas as tintas da fotografia continuam firmes em seu tom pastel.
Tranquilo.
Falta
a mão em meu ombro. Falta a ligeira reprimenda ao jantar, porque
costumo tomar a sopa com ruído. Em vez da Patética e dos
discos clássicos, tem o rádio de pilha com músicas sertanejas
deste homem que invadiu a casa. Querem tirar tudo daqui, preciso
salvar o retrato de Adelaide.
Fico
impressionado comigo, quero o retrato, me revolto com a ideia de que
vão tirá-lo. Adelaide continua desaparecida e me sento a remoer
filosofias. Me irrito ante a perspectiva de perder a casa, os móveis,
enquanto a perda maior, ela, me deixou insensível longo tempo.
Ou
foi pouco tempo? Não tenho noção de espaço, horas, dias, semanas.
Quanto se passou entre eu descobrir o furo e Adelaide me deixar? Não
sei. Nem tem importância. Tadeu Pereira (preciso procurá-lo) tem
razão. O que conta agora não são os dias e os meses, e sim as
situações e os acontecimentos.
Por
duas vezes pensei nesses homens que invadiram a casa. Com meu
consentimento, reconheço. Não movo palha para expulsá-los, porque
me fazem companhia. Aqui estamos, em comunidade. Precisamos uns dos
outros e isso me reconforta. Acaso ou não, meu sobrinho me deixou
gente inteligente.
Podemos
conversar, eles me trazem o mundo de fora. Um Brasil que existiu além
das barreiras. Reconstituir os fatos. Adianta? E como disse o homem
que costuma se sentar à ponta da mesa: “Lembranças para quê?”.
Que transformação elas podem operar no mundo diante de nós?
Nenhuma.
O
sol está nascendo, passei a noite neste sofá, não sei se cochilei,
se fiquei ruminando. Apanho o retrato de Adelaide, enfio na gaveta da
cômoda, entre camisas passadas, cuecas e meias. A cidade ainda em
silêncio, não se ouve nada vindo do corredor. Teriam desistido?
– Hoje
à noite vem uma camionete. Você tem a tarde toda para arrumar as
coisas – disse o homem que me parecia ser o chefe.
– Assim,
de repente? Pensei que tivesse uns dias.
– É
uma operação de guerra, meu amigo.
– Guerra?
Você exagera.
– Pode
ser. De qualquer modo, a camionete só pode vir hoje. Por favor,
arrume tudo que tem de arrumar.
– E
como é que você sabe que a camionete vem?
– Enquanto
você dormia, saí. Passei a noite fora, em busca dos contatos. Agora
fique vigiando, vou dormir. Tem café?
A
cozinha estava uma bagunça, Adelaide morreria se estivesse aqui.
Estou preocupado, pensando nessa mudança, nos móveis a selecionar.
Gosto de tudo nesta casa, estou preso às mesas, cadeiras, piano,
bibelôs, quadros, cômodas, armários, criados, mesas de centro,
estantes, colunas para vasos.
Enfim,
ligado a toda essa tranqueira que entulha cada cômodo. Os vasos
vazios em cima das colunas. Adelaide jamais permitiu plantas de
plástico, tinha horror delas, por mais perfeitas que fossem.
Chegaram a fabricá-las com cheiros naturais, o que as torna
espantosamente medonhas.
Somente
os muito ricos conseguem plantas naturais. São vendidas em galerias
de arte a preços insuportáveis. Uma planta vale mais do que as
pinturas valiam anos atrás. Nos leilões, trocam-se Picassos por
samambaias, Portinaris por avencas. Duke Lee por gerânios. Oiticica
por antúrios.
Existem
colecionadores, marchands. Estufas com ar-condicionado para o
cultivo. Os donos dispõem de quantias extras de água. São
privilegiados. Porque se descobrem alguém desperdiçando água,
adeus. Pode contar com o Isolamento, é fatal. Evidente que a lei não
se aplica a uns poucos.
Apesar
de factício, o café cheira bem. Neste mundo não existe nada mais
desenvolvido que a indústria de cheiros artificiais. Pena que não
consigam eliminar essa atmosfera fedida que domina a cidade a maior
parte do tempo. Todavia, o gosto do café é nada, só cheiro mesmo.
Tocam
a campainha, o homem que costuma se sentar à ponta da mesa vai
atender. Demora-se. Vozes abafadas. Volta com um papel na mão,
sorriso irônico. Ele não precisa dizer, sei que foram os vizinhos
outra vez. O que estarão tentando? O homem me estende o papel.
– Uma
intimação.
– Para
quê?
– Para
nos apresentarmos no Distrito.
– Fazer?
– Um
depoimento. Diz que precisamos levar nossas Carteiras Profissionais,
provar que estamos empregados.
– E
se não provarmos?
– E
eu sei? Só que não vamos lá. É só a gente sair, os vizinhos
arrombam a porta e se instalam.
– E
a intimação?
– Devem
existir milhares. Todo mundo denunciando todo mundo. Eles expedem,
mas não devem ter tempo de verificar. Temos de jogar com a sorte. O
bom do caos é isso, a ausência de controle em todos os setores.
– É,
mas você se esquece de que os denunciantes devem estar em cima,
fiscalizando.
– Não
adianta. Se você não é fiscal, não tem autorização para
fiscalizar. Cada departamento age dentro de sua competência.
– Mas
você pode comprar os fiscais.
– Isso
pode. Aliás, só funciona assim. Eles compram e a gente recompra.
– Então
não vamos.
– Pode
rasgar isso.
– Quanto
papel jogado fora.
– É
uma indústria organizadinha. Gente que vive de reciclar papel para o
governo. Gente que imprime para o Esquema. Eles subornam os oficiais,
para que estes intimem. E gastam papel. É todo um ciclo, por isso
ninguém liga, as intimações são pró-forma.
– Tenho
medo. Quando é coisa oficial, nunca se sabe.
– Você
está sempre com medo. Se solta, velho. Descontraia.
– Não
sei, as coisas corriam bem, normais. De repente, não tenho em que me
segurar, fico assustado.
– Pois
é, entendo bem. E toda a sua classe. Quando as grandes calamidades
passaram a acontecer, ninguém ficou nervoso, ninguém moveu uma
palha. Agora, estão assustados. Aborrecido, dono da verdade, vomita
regras, não suporto esse sujeito por isso. E não porque se apossou
de minha casa. Para cada situação tem um conceito, formula uma
hipótese, sabe a resposta, emite uma sentença. E bobo sou eu que
fico em dúvida, aceito o que ele me diz, me questiono.
– A
que horas vem a tal camionete?
– No
meio da noite.
Por
onde começar? Ando pela casa toda revirada, os móveis encostados, a
lataria empilhada. Sacos plásticos, caixas, caixotes. Eu sabia tudo
desta casa, onde estava o alfinete, a toalha, o sabão, o palito, as
meias, os lençóis. Sabia, peça por peça, o que estava dentro do
baú de vime.
O
baú. Tinha me esquecido dele por completo. Quantos anos de nossas
vidas estão naquele baú, escondidos, guardados. Tenho paixão por
guardar. Isso me aproximava de Adelaide, nos dávamos bem. O baú
deve estar no quartinho, soterrado nas pilhas de calendários. E os
homens presos lá?
Vou
até o quartinho. Tento ouvir pelo respiradouro da porta. Nenhum som.
Mortos? Um estava bem ferido quando o jogaram aqui. Não há espaço,
estes quartos de empregadas são do tamanho de celas solitárias nas
prisões. Abafados, escuros. E ninguém trouxe comida para eles.
A
chave está meio caída na fechadura. Devem ter tentado retirá-la,
querendo fugir. Dou um tempo, não quero abrir a porta. Tenho medo de
que estejam à espera disso. No que abro, passam sobre mim como um
trator. Que nada, pobres-diabos molambentos, não se aguentavam em
pé.
Devem
estar dormindo, ainda é cedo. Ou desmaiados. Recoloco a chave, com
muita cautela, sem fazer barulho. Giro suavemente, torcendo para que
a fechadura não faça ruído. Somente um clique seco que faz gelar a
espinha. Dou mais um tempo, a mão presa ao trinco, eu imobilizado.
Um
tempo que me pareceu suficientemente longo, arrastado. Um galo
cantou. Por um momento o canto me distrai. Caio em mim. Não pode
ser, não existem quintais aqui perto. Há quantos anos não ouço um
galo. Pode ter sido um disco, são tantos os que vendem com sons,
vozes, cantos.
Algum
saudosista que deve ligar o aparelho de som na madrugada. Artificial
ou não, me deixo penetrar pelo embalo daquele galo afinado,
harmonioso. Se eu soltar minha cabeça, as recordações disparam,
memória afetiva descontrolada. Imagens desencontradas vão desabar
na minha frente.
E
não quero. Preciso deixar esse hábito, ele me emociona. Mais, me
perturba, amoleço. Tem razão o homem que costuma se sentar à ponta
da mesa. Preciso de toda a minha lucidez, já fui uma pessoa sóbria,
seca, com total autodomínio. E olhe que eu tinha até uma razoável
visão histórica.
Não
falei? Penso, penso, as situações disparam. Me contenho. Meu
objetivo agora é este quarto. Esse galo maldito podia bem parar de
cantar, alguém desligar a vitrola. Movimento o trinco, agora a porta
está aberta. Coragem, Souza. Vamos em frente. Como a cabeça da
gente é maluca.
Abro
esta porta como se fosse a coisa mais decisiva de minha vida. Nem
quando enfrentei a banca de examinadores em minha tese. Ou quando me
chamaram à diretoria para me comunicar a compulsória. Quando passei
na Polícia Política para assinar minha ficha de rebelde. Quando o
navio partiu.
Nem
quando descobri que Adelaide tinha ido. Em nenhuma dessas situações
senti o medo que tenho neste momento. Como se a minha vida dependesse
desse gesto. Vida no sentido físico. Abrir a porta pode significar
morrer. Ora essa, somente eu mesmo, com essa farta imaginação.
Pronto,
está aberta. Nada aconteceu. Os homens, amontoados no chão. A
parede cheia de sangue. Ué, tem mais um. Um velho de cabelos
brancos, rosto emborcado no chão. Este velho não estava entre os
que tentaram invadir. Viro o corpo, com certo nojo. O barbeiro está
morto. Apunhalado.
Ignácio
de Loyola Brandão, in Não verás país
nenhum
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