É
verdade, vivemos com mistérios demasiado maravilhosos
para
ser entendidos.
Como
a erva pode ser nutritiva
na
boca do cordeiro.
Como
rios e pedras estão eternamente
em
aliança com a gravidade,
enquanto
nós sonhamos com as alturas.
Como
duas mãos se tocam, e os elos que criam
jamais
serão quebrados.
Como
as pessoas vêm, do encanto ou das marcas
das
feridas,
para
o conforto dum poema.
Deixa
que mantenha à distância, sempre, aqueles
que
pensam ver todas as respostas.
Deixe
que me rodeie sempre daqueles que dizem
“Olha!”
e riem deslumbrados,
e
curvam as suas cabeças.
Mary Oliver, em Devotions – The Selected Poems of Mary Oliver (versão de Pedro Belo Clara)
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