morreram
de raio, as duas.
Chilapt!
ele fez caindo do céu,
clareando
e assustando eu com minha mãe
mais
meu avô no terreiro.
Aconteceu
alguma coisa, ele falou.
Só
então a raiva de Deus estrondou:
Senhor
meu Jesus Cristo Deus e homem
verdadeiro,
meu intestino desata-se,
pesa-me
de Vos ter ofendido, o meu
coração
desfalece, pesa-me também por
ter
perdido o céu e merecido o inferno.
Rosa
morreu costurando,
Maria
com um pano branco em volta do seu pescoço,
o
pente-fino na mão.
Hoje
tem para-raio na Vila Belo-Horizonte
e
esta oração que eu faço, quando a faísca navega
azulando
a cerca de arame:
louvado
sejas, meu Senhor, pelo fragor e a luz,
bendito
o que vem de Tua mão, morte ou vida.
Mais
me colhe Teu amor que a força da tempestade.
Os
elementos Te louvem em fúria ou calma.
Diga
eu sim ao Teu chamado,
venha
Tua voz do trovão
ou
de entre as flores do prado.
Adélia
Prado
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