Vai,
meu canto,
Dizer
a quem te escute desta dor
Severa
como as coisas longevivas
Prometem
ser, troféus de heróis do olvido;
Vai
dizer-lhes
Da
dança que dançamos, rito ardente,
E
do barro fiel donde extraímos vida
Mais
casta que as ideias passageiras,
Ornatos
da tormenta...
E
dize-lhes do eterno,
Do
rubro que inda jaz sobre os mosaicos
Onde
o dourado é morto...
Vai,
meu canto,
Eu
te sigo em segredo, por bizarros ouvidos:
Como
um rei que mandou seu segrel para a guerra
E
o vê partir de longe, do alto das seteiras…
Mário
Faustino
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