“O
tempo, propriamente dito, não existe (exceto o presente como
limite), e, no entanto, estamos submetidos a ele. É esta a nossa
condição. Estamos submetidos ao que não existe. Quer se
trate da duração passivamente sofrida - dor física, esperança,
desgosto, remorso, medo -, quer do tempo organizado - ordem, método,
necessidade -, nos dois casos, aquilo a que estamos submetidos, não
existe. Estamos, realmente, presos por correntes irreais. O tempo,
irreal, cobre todas as coisas e até nós mesmos, de irrealidade.
Simone
Weil, in A
gravidade e a graça
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