Tempo de memória –
estação do silêncio. Nunca consegui ter a ilha ou a quinta que
imaginei – mas não importa. Pelo caminho mesmo vou deixando o
sangue do que em mim resuma o já ido e vivido.
Anu-branco, como um
grito desferido em direção ao céu azul. Mas logo o canavial se
abre, o escuro se atropela e o pássaro risca o espaço como um traço
de tinta – anu-preto.
Lúcio
Cardoso, in Diários
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