Ele
sempre vinha
me
trazendo um prêmio
a
caça para o assado
a
acha pro fogo e a faca
para
cortar
cebola
Ele
sempre vinha
me
trazendo prendas:
e
eu adivinhava o gesto
para
acertar
em
cheio
Ele
sempre vinha
me
trazendo festa
uns
beijinhos e delícias
e
era queijo e era vinho
para
dançar
boleros
Ele
sempre vinha
me
trazendo a sorte:
teríamos
vários filhos
e
uma junta de bois
para
criar
castelos
Hoje
preparo a comida
e
como
em
silêncio:
quase
nunca choro
às
vezes canto.
Sônia
Queiroz
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