Hoje,
preciso de um poema, mais do que nunca.
Que
ele seja vitaminado,
tufão
e ventania,
clarão
e meio-dia,
açúcar
e flor-de-maçã.
Que
ele traga o cheiro de manhã molhada,
as
virilhas úmidas,
o
sangue em brasa.
Que
lambuze com rimas minha casa,
as
veias, a pele,
este
coração inoperante.
Hoje,
preciso mais do que nunca de um poema
de
boca molhada e verso latejante.
Flora
Figueiredo
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