É curioso como dia
a dia a solidão me interessa mais, como me sinto desenvolver,
ramificar-me, através das oras de silêncio que furto aos amigos e
às pessoas em geral. Tenho a impressão de já ter vivido muito, e
de necessitar de um pouco de recolhimento para coordenar tudo o que
vim recolhendo no caminho. A calma, que tanto venho preconizando há
tempos, é feita de trabalho e de contato comigo mesmo – e assim,
nesse recolhimento a que me obrigo, vou construindo meu romance.
Lúcio
Cardoso, in Diários
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