Atsilut:
Mundo da Emanação
1.
Tem-se uma ideia geral, ainda indefinida. A ideia está o mais perto
possível da fonte de criação. A fonte pode ser o Grande Arquiteto,
o Inconsciente, a Musa, a Paixão.
Beriá:
Mundo da Criação
2.
Já se tem uma ideia definida do que se fará. Nesse momento, o
desejo vira palavra. Aqui entra a vontade, o querer fazer. É o
momento de se apanhar um papel e uma caneta, ou o teclado de um
computador, e deixar as palavras fluírem, sem censura, sem
policiamento.
Yetsirá:
Mundo da Formação
3.
Momento de se fazer um plano ou um desenho arquitético daquilo que
se pretende. O projeto começa a se consolidar, a se sedimentar.
Consegue-se ver o vir-a-ser. A imagem mental começa a se tornar
realidade objetual.
Assiyá:
Mundo da Ação
4.
Nesse momento, começa a construção em si. Aqui, o fazer se
retroalimenta. Quanto mais se investir energia libidinal nessa fase
sobre o objeto, mais ele brilhará depois. É o estágio final do
processo criador. Obs.: entre cada um dos mundos, há graus
infinitos. Cada pessoa demora-se mais ou menos em cada um deles.
Charles
Kiefer, in Para ser escritor
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