sexta-feira, 10 de julho de 2020

Voo de arranco

[...] ficavam a ver, quando passava um picapau-da-cabeça-vermelha, em seu voo de arranco: que tatala, dando impulso ao corpo, com abas asas, ganha velocidade e altura, e plana, e perde-as, de novo, e se dá novo ímpeto, se recobra, bate e solta, bate e solta, parece uma diástole e uma sístole — um coração na mão —; já atravessou o mundo.”
Guimarães Rosa, in Buriti

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