Quem
dera eu achasse um jeito
de
fazer tudo perfeito,
feito
a coisa fosse o projeto
e
tudo já nascesse satisfeito.
Quem
dera eu visse o outro lado,
o
lado de lá, lado meio,
onde
o triângulo é quadrado
e
o torto parece direito.
Quem
dera um ângulo reto.
Já
começo a ficar cheio
de
não saber quando eu falto,
de
ser, mim, indireto sujeito.
para
que apenas me veja
pena
que seja leda
quem
quer você que me leia.
Este
poema já foi musicado duas vezes. Uma por Moraes Moreira, outra por
Itamar Assumpção. Que tal você?
Paulo Leminski, in Toda Poesia
Nenhum comentário:
Postar um comentário