E
quando, morto de mesmice, te vier a nostalgia de climas e costumes
exóticos, de jornais impressos em misteriosos caracteres, de
curiosas beberagens, de roupas de estranho corte e colorido,
lembra-te que para alguém nós somos os antípodas: um remoto,
inacreditável novo do outro lado do mundo, quase do outro lado da
vida, uma gente de se ficar olhando, olhando, pasmado... Nós, os
antípodas, somos assim.
Mário
Quintana, in Sapato florido
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