“Que insondável mistério é o ser humano! Quanto mais vivo e convivo – a observar sãos e doentes – mais se irraiga no meu espírito a convicção de que nunca consegui conhecer verdadeiramente nenhum. O que dizemos e o que fazemos pouco ou nada revelam de nós. Por mim falo. Converso, escrevo páginas maciças de confissão, atuo, pareço transparente. E quem um dia quiser saber o que fui terá de me adivinhar”.
Miguel Torga
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