O
Doutor Dogmático ajeitou os nasóculos. E decretou: “Meus senhores
e minhas senhoras, ilustrados agentes da Censura e demais entidades
aqui representadas — como acabei de vos provar, a fantasia está
morta.”
E
fez um gesto definitivo.
Porém
com tamanha infelicidade o fez que, da ponta de cada dedo espetado no
silêncio do ar poluído, brotaram-lhe inesperadamente flores
súbitas. E nenhuma parecia deste mundo.
(Faltam
pormenores.)
Mário Quintana, em Caderno H
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