O Tempo
A
vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se
vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é
sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê,
já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa
vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais
para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra
oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em
frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das
horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que
eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta
devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado
por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a
desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário
Quintana, in Esconderijos
do Tempo
O poema original do Mario não é esse. Erroneamente tem circulado na internet essa versão. O título do original é “Seiscentos e sessenta e seis”.
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