Cecília.
Cecília que chega de um pátio da infância... Traz ainda sereno nas
tranças, seus sapatinhos andaram pulando na grama... Depois
assenta-se nos degraus da torre, e canta...
Mas
o chaveiro do sonho pegou-lhe as tranças, teceu cordoalhas para o
seu navio. Mas o chaveiro do sonho pegou-lhe a canção... E fez um
vento longo e triste.
E
eu pensava que toda a minha tristeza vinha apenas do vento, da
solidão do mar, da incerteza daquela viagem num navio perdido...
Mário Quintana, in A rua dos cataventos
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