Meninos brincando (1958), de Cândido Portinari
Não
tínhamos nenhum brinquedo
Comprado.
Fabricamos
Nossos
papagaios, piões,
Diabolô.
A
noite de mãos livres e
pés
ligeiros era: pique, barra-
manteiga,
cruzado.
Certas
noites de céu estrelado
E
lua, ficávamos deitados na
Grama
da igreja de olhos presos
Por
fios luminosos vindos do céu:
era
jogo de
Encantamento.
No silêncio podíamos
Perceber
o menor ruído,
Hora
do deslocamento dos
Pequenos
lumes... Onde andam
Aqueles
meninos, e aquele
Céu
luminoso e de festa?
Os
medos desapareciam
Sem
nada dizer nos recolhíamos
Tranquilos…
Cândido
Portinari
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