quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Dos direitos da coletividade

Em vez de afirmarmos os direitos do Homem através dos indivíduos, começamos a falar dos direitos da Coletividade. Vimos introduzir-se insensivelmente uma moral do Coletivo que negligencia o Homem. Esta moral explicará claramente por que razão o indivíduo se deve sacrificar à Comunidade. Já não explicará, sem artifícios de linguagem, por que razão uma Comunidade se deve sacrificar por um só homem. Por que razão é equitativo que mil morram para libertar um só da prisão da injustiça. Ainda nos lembramos disso, mas o esquecemos pouco a pouco. E, no entanto, é neste princípio, pelo qual nos distinguimos tão claramente da formiga, que reside acima de tudo a nossa grandeza.”
Antoine de Saint-Exupéry, in Piloto de guerra

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