A
temporalidade é evidentemente uma estrutura organizada, e esses três
pretensos “elementos” do tempo, passado, presente , futuro, não
devem ser considerados como uma coleção de “dados” cuja soma
deve ser feita - por exemplo, como uma série infinita de “agora”,
alguns dos quais ainda não são, outros que não são mais -, mas
como momentos estruturados de uma síntese original. Senão
encontraremos, em primeiro lugar, este paradoxo: o passado não é
mais, o futuro ainda não é, quanto ao presente instantâneo, todos
sabem que ele não é tudo, é o limite de uma divisão infinita,
como o ponto sem dimensão.
Jean-Paul
Sartre,
in O
Ser e o Nada
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