A mímica, a guerra, o espanto, o
torpor e a escravidão aniquilarão diariamente aquelas suas
convicções mais sagradas. Quando não estuda a natureza, quantas
coisas imagina e quantas negligencia?
É seu dever examinar e proceder com o
intuito de:
I. aperfeiçoar a sua capacidade de
lidar com as circunstâncias;
II. exercitar a sua faculdade
contemplativa;
III. preservar a confiança advinda do
conhecimento acerca dos pormenores—sem exibi-lo ou escondê-lo.
Quando desfrutará da simplicidade, da
seriedade e do conhecimento sobre cada coisa — quais são as
substâncias, quais regiões ocupam no universo, por quanto tempo
foram constituídas para durar, de quais são compostas, a quem podem
pertencer e quem pode concedê-las e removê-las?
Marco Aurélio, em Meditações
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