Nascemos
para amar; a Humanidade
Vai,
tarde ou cedo, aos laços da ternura.
Tu
és doce atrativo, ó Formosura,
Que
encanta, que seduz, que persuade.
Enleia-se
por gosto a liberdade;
E
depois que a paixão na alma se apura,
Alguns
então lhe chamam desventura,
Chamam-lhe
alguns então felicidade.
Qual
se abisma nas lôbregas tristezas,
Qual
em suaves júbilos discorre,
Com
esperanças mil na ideia acesas.
Amor
ou desfalece, ou pára, ou corre:
E,
segundo as diversas naturezas,
Um
porfia, este esquece, aquele morre.
Bocage, em Sonetos
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