Corto
a cidade, as máquinas e o sonho
Do
jornaleiro preso no crepúsculo.
Guardo
as amadas no bolso do casaco.
Almoço
bem pertinho do arco-íris,
Planto
violetas na face do operário.
Conversando
com anjos e demônios,
É
o meu anúncio quem dirige as nuvens.
José Paulo Paes, em Poesia completa
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