[...]
Propunha
que desvendasse adivinhas e dilemas. Propunha que desvendasse
labirínticas lógicas. Prometia um novo livro ou um caderno com
marcadores amarelos e vermelhos, os meus favoritos. Prometia que, se
eu descobrisse cada resposta, me daria outro abraço ainda mais
apertado e sempre mais amigo. Por melhores que fossem os cadernos, o
orgulho que sentia naqueles abraços era a vitória, eles eram a
fita-métrica da sua amizade por mim.
De
cada vez que a nossa cabeça resolve um problema aumentamos de
tamanho. Podemos chegar a ser gigantes, cheios de lonjuras por
dentro, dimensões distintas, países inteiros de ideias e coisas
imaginárias.
Valter Hugo Mãe, em As mais belas coisas do mundo
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