Leila
está nessa idade inquieta e luminosa em que a gente escreve, escreve
e não acha editor. De uma novelazinha ultrarromântica e ao mesmo
tempo com observações de tão aguda objetividade, que ela me deu
para ler, não me saiu da memória esta linha: “... o aspecto
acolhedor dos lares sem televisão...”
Mas
não é isso mesmo? Agora é muito difícil nos encontrarmos com as
pessoas presentes. É a Rádio... é a TV... é o Telestar... e o
mais que for... E a gente nunca está onde se acha! Vivemos, sempre e
sempre, em comunicação com uns distantes fantasmas.
Mas,
deste lado, o que haverá?
Meu
Deus! Como será uma alma deste mundo?!
Mário Quintana, in Caderno H
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