Como
os olmos que o arvoredo estira,
Conselhos
vazios povoam com distância,
de
consolo inventado o véu que lança
verso
que por inércia inverso gira.
A
palavra na minha boca respira,
com
a pele a mastigo e a afago;
rocha
por fora fui, por dentro, lago
que
com afinco a complacência retira.
No
amargo o remédio forma caroço:
se
copio e colo o ânimo do chão que soa,
a
pena é o tabu; a felicidade, destroço.
Mas
se o gelo amigo o fogo destoa,
o
grito mais despido é o que posso:
posso
doer toda a dor que doa.
Alicia Zapata (tradução de Juan Terenzi)
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