Escrever
é tantas vezes lembrar-se do que nunca existiu.
Como
conseguirei saber do que nem ao menos sei? Assim: como se me
lembrasse.
Com
um esforço de memória, como se eu nunca tivesse nascido.
Nunca
nasci, nunca vivi: mas eu me lembro, e a lembrança é em carne viva.
Clarice Lispector, in Todas as crônicas
Nenhum comentário:
Postar um comentário