sábado, 17 de dezembro de 2022

Acabou a baderna

Ao exumarem o corpo de Josef Stálin, descobriram em sua farda, no bolso esquerdo, uma estrela na qual se podiam ler as impressões digitais de Iran Kruschewsky, seu assessor, cuja filha primogênita, Anna Nicolaievna, foi amante de Miriam Pletskaya, embaixatriz da extinta Tchecoslováquia cujo filho, Benjamin Berndorff, tem as mesmas iniciais de Bruno Bianchi, ortopedista brasileiro nascido em 1967, mesmo ano em que nasceu o deputado Marcelo Freixo. Procurado, o deputado negou qualquer envolvimento com o regime stalinista. “Não acho que o ano em que eu nasci seja um dado relevante para tecer esse tipo de conexão estapafúrdia”, afirmou o deputado, saindo pela tangente. A palavra “estapafúrdia”, no entanto, já havia sido usada por José Sapir, meu cunhado, para designar a roupa que uma senhora usava em Copacabana, bairro do Rio de Janeiro, cidade onde nasceu Oscar Niemeyer, stalinista confesso. … Quer dizer…
Acabou a baderna. Encontraram o grande financiador do movimento. Já foi provado que membros do PSOL doaram cento e cinquenta reais a uma ceia de Natal para mendigos e o dinheiro foi usado para comprar várias rabanadas. Como se sabe, poucas coisas são mais letais que uma rabanada na cara, especialmente se ela estiver dormida. Muita gente já deve ter morrido a golpes de rabanada do PSOL. Isso porque o pessoal não declarou o Panetone. O Panetone é uma arma branca! Ainda mais se for daqueles bem duros, da Visconti. Quando pega na testa, mata na hora. Mas não vai mais matar ninguém. A fonte secou!
Engraçado pensar que alguns acreditavam que o motivo das revoltas de junho fosse a insatisfação popular. Finalmente ficou provado que não. O povo está muito feliz. Eduardo Paes já aumentou a passagem de novo. Não vai dar em nada. O povo não tem problema nenhum com aumento de passagem. O povo não tem problema nenhum com nada. Quem inventa problema é a esquerda caviar. O povo está feliz. Sempre esteve.
A legislação vai mudar, graças a Deus (e à Dilma). Não vamos mais tolerar baderna. A ex-guerrilheira, quem diria, vai baixar o AI-5. O Brasil finalmente está virando um país sério: bandido preso no poste, Polícia Militar ameaçando canais de humor da internet, leis antiterrorismo. O caminho se abriu. Este é o ano em que Bolsonaro vai assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Chegou o momento, Capitão! Em abril, nossa revolução faz cinquenta anos.

Gregório Duvivier, in Put some farofa

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