Esta
falácia é cometida quando alguém tira uma conclusão a partir de
uma amostra pequena ou específica demais para ser representativa.
Por exemplo, perguntar a 10 pessoas na rua o que elas pensam do plano
do presidente para reduzir o déficit não é suficiente para medir o
sentimento da nação inteira.
Embora
convenientes, as generalizações precipitadas podem levar a
resultados custosos e catastróficos. Por exemplo, é possível que
uma conclusão errada de engenheiros tenha levado à explosão do
foguete Ariane 5 durante seu primeiro voo-teste: o software de
controle havia sido testado satisfatoriamente com o modelo anterior,
Ariane 4, mas, infelizmente, aqueles testes não cobriram todos os
cenários possíveis para o Ariane 5, portanto foi um erro presumir
que a programação iria funcionar da mesma forma no modelo novo.
Essas decisões cruciais dependem da habilidade de engenheiros e
autoridades para argumentar e tirar conclusões, por isso é tão
relevante aprender sobre este e outros exemplos na nossa discussão
sobre falácias lógicas.
Outra
forma de generalização apressada está no capítulo do lago de
lágrimas no livro Alice
no País das Maravilhas,
onde Alice deduz que, como ela está boiando em água salgada, alguma
estação de trem – e portanto ajuda – deve estar por perto:
“Alice tinha ido à praia apenas uma vez na vida. E tinha chegado à
conclusão de que, em qualquer lugar no litoral inglês, você
encontraria cabines de banho, crianças cavando a areia com uma pá,
uma fileira de casas de veraneio e, atrás disso tudo, uma estação
de trem.” (Carroll)
Ali Almossawi, in O livro ilustrado dos maus argumentos
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