A falácia do espantalho consiste em
apresentar de forma caricata o argumento da outra pessoa, com o
objetivo de atacar essa falsa ideia em vez do argumento em si.
Deturpar, citar de maneira incorreta, desconstruir e simplificar
demais o ponto de vista do adversário são formas de cometer essa
falácia. Em geral, o argumento espantalho é mais absurdo que o
argumento real, facilitando o ataque. Além disso, acaba levando o
oponente a perder tempo defendendo-se da interpretação ridícula de
seu argumento, em vez de sustentar sua posição original.
Por exemplo, um cético em relação à
teoria de Darwin poderia dizer: “Meu oponente está tentando
convencer você de que nós evoluímos dos macacos que se balançavam
em árvores; uma afirmação realmente grotesca.” Essa é uma
deturpação do que a biologia evolutiva afirma de fato, que é a
ideia de que humanos e chimpanzés compartilharam um ancestral comum
há milhões de anos. Deturpar a ideia é muito mais fácil do que
refutar suas evidências.
Ali Almossawi, in O livro ilustrado dos maus argumentos
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