Imagem: Depositphotos
A
leoa me fita.
Seu
olhar é um ventre.
E
nele volto a nascer.
No
incêndio de uns olhos
me
entrego a ocultas divindades.
E
a mim mesmo caço,
escravo
de quem me dá fim.
Na
felina sofreguidão me devoro.
E
aos despedaços
me
arranco de mim
para
seus olhos solares.
Essa
morte anseio:
ausência
perfeita,
alma
de regresso ao inumano.
Vem
do fogo
o
meu único descanso.
Mia
Couto
Nenhum comentário:
Postar um comentário