quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Das ilusões

As ilusões”, dizia-me o meu amigo, “talvez sejam em tão grande número quanto as relações dos homens entre si ou entre os homens e as coisas. E, quando a ilusão desaparece, ou seja, quando vemos o ser ou o fato tal como existe fora de nós, experimentamos um sentimento bizarro, metade dele complicada pela lástima da fantasia desaparecida, metade pela surpresa agradável diante da novidade, diante do fato real”.
Charles Baudelaire, in Pequenos Poemas em Prosa

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