“Ocupa-te
de poucas coisas”, dizem “se queres estar tranquilo”. Mas
pondera se não seria melhor dizer: “Faze o necessário e tudo que
a razão de um ser naturalmente sociável prescrever e como ela
prescrever”? Pois isso traz não somente a tranquilidade que advém
de fazer o bem, mas também a que advém de fazer poucas coisas.
Sendo desnecessárias a maioria das coisas que dizemos e fazemos, se
adotarmos esse procedimento teremos mais lazer e tranquilidade. Nessa
ordem de ideias em qualquer ocasião devemos perguntar a nós mesmos:
“Não seria essa uma das coisas desnecessárias?” Devemos abolir
não somente os atos desnecessários mas também os pensamentos, pois
assim os atos neles implícitos não advirão.
Marco
Aurélio, in Meditações
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