“Uma
linguagem que corte o fôlego. Rasante, talhante, cortante. Essa deve
ser a linguagem do poeta. Linguagem de aços exatos, de relâmpagos
afiados, de agudos incansáveis, de navalhas reluzentes. Uma
dentadura que triture o eu-tu-ele-nós-vós-eles. Um vento de punhais
que desonre as famílias, os templos, as bibliotecas, os cárceres,
os bordéis, os colégios, os manicômios, as fábricas, as
academias, os cartórios, as delegacias, os bancos, as amizades, as
tabernas, a revolução, a caridade, a justiça, as crenças, os
erros, a esperança, as verdades... a verdade!”
Octávio
Paz, poeta mexicano
Nenhum comentário:
Postar um comentário