Na
penumbra da tarde,
o
mundo morto,
a
meu passo, despertava.
Não
era o amor
que
eu procurava.
Buscava
o amar.
Na
casa em ruínas,
te
despias
para
que me deixasse cegar.
Voz
transpirada,
suplicavas
que te chamasse no escuro.
Em
ti, porém,
eu
amava
quem
não tem nome.
Na
casa arruinada
te
amei e te perdi
como
a ave que voa
apenas
para voltar a ter corpo.
Na
penumbra da tarde,
tu
me ensinaste a nascer.
Na
noturna claridade
me
esqueci
que
nunca havias nascido.
Mia
Couto
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