A
negrinha, essa, tem medo de fantasmas.
Cada
vez que um rato corre mais depressa, ela tapa a cabeça.
Mas
fica com os pés de fora.
É
o medo ridículo, tocante, desamparado, o medo de pés de fora.
Se
eu fosse fantasma, eu... Não, não lhe faria nada: o melhor do susto
é esperar por ele.
Mário
Quintana, in Sapato florido
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