terça-feira, 9 de abril de 2019

Noturno

O relógio costura, meticulosamente, quilômetros e quilômetros do silêncio noturno.
De vez em quando, os velhos armários estalam como ossos.
Na ilha do pátio, o cachorro, ladrando.
(É a lua.)
E, à lembrança da lua, Lili arregala os olhos no escuro.
Mário Quintana, in Sapato florido

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