É bom que uma vez
se tenha usado bainha em calças.
No Juízo Final nos
servirá de defesa.
Em algumas coisas
fomos tão inocentes...
Houve, é certo,
sob nossos telhados
ruidoso desamor,
fel em gotas de
silêncio segregado.
Mas fazemos laços
tão honestos com os cordões dos sapatos
e é tão coitado o
nó de uma gravata
que ao pescoço
logo se perdoa. Mais Deus nos perdoará,
Ele que sabe o que
fez: ‘homem humano’.
A boca que comeu e
mentiu come Seu Corpo Santo.
Eu não sei o que
digo,
mesmo se o que falo
é:
Não sou digno,
Senhor.
Adélia Prado
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