A
minha ama-de-leite Guilhermina
Furtava
as moedas que o Doutor me dava.
Sinhá-Mocinha,
minha Mãe, ralhava...
Via
naquilo a minha própria ruína!
Minha
ama, então, hipócrita, afetava
Susceptibilidade
de menina:
“-
Não, não fora ela! - “E maldizia a sina,
Que
ela absolutamente não furtava.
Vejo,
entretanto, agora, em minha cama,
Que
a mim somente cabe o furto feito...
Tu
só furtaste a moeda, o ouro que brilha.
Furtaste
a moeda só, mas eu, minha ama,
Eu
furtei mais, porque furtei o peito
Que
dava leite para a tua filha!
Augusto
dos Anjos
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