“Ora
(direis) fazer poemas! Certo
Perdeste
o senso!” E eu vos direi também
Que,
por fazê-los, muitas vezes despertou
E
encontro os bolsos sem nenhum vintém.
Mas
vou seguindo o meu futuro incerto
Compondo
versos, muito mal ou bem,
Enquanto
vejo algum fulano esperto
Nadando
em cifras que tão poucos têm.
Direis
agora: - Sendo assim desiste!
O
que procuras, tresloucado amigo,
Pode
ser nobre, mas também é triste!
E
eu vos direis: Amai!… Amai primeiro!
Pois
só quem ama pode ter consigo
Tantos
poemas e nenhum dinheiro!
Marcos
Ferreira, poeta mossoroense
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